Ultrassonografia do abdome
Certo!
E agora? Quando faz sentido solicitar ultrassonografia do abdome para diagnosticar apendicite aguda?
Vamos relembrar algumas particularidades sobre este exame!!
Quando colocamos o transdutor sobre a pele, o feixe de ultrassom se projeta como uma imagem de uma luz de lanterna. Figuras acima
As estruturas mais densas aparecem em tons mais claros (de cinza à branco - hiperecogênicas), menos densas em preto (hipoecogênicas).
Há alterações inflamatórias inespecíficas que surgem ao exame: presença de líquido livre em cavidade e gordura abdominal infiltrada.
As alterações específicas seriam um apêndice cecal espessado como nas figuras 3 e 5 (sua parede deve medir acima de 6 a 7mm, valores normais em torno de 3mm), presença de um apendicolito/fecalito em sua luz (figura 1) também ajuda no diagnóstico (pois apendicite é um processo obstrutivo, mas classicamente a aparência de uma imagem em alvo (figura 2 e 4) quando apresentado em um corte transversal é um dos sinais patognomônicos.
Em pacientes obesos ou muito distendidos não devemos indicar este exame pois a gordura do subcutâneo e os gases intestinais atrapalham a propagação do feixe de ultrassom, podendo o radiologista nem mesmo localizar o apêndice.
Pacientes muito magros e em estágios iniciais por não ter gordura visceral o diagnóstico é dificultado por que não identificamos infiltrado, caso o apêndice ainda não apresente alterações morfológicas.
Por esta razão o melhor exame de imagem a solicitar neste caso será a tomografia!
O maior problema é que em muitos locais do Brasil, o médico não tem como pedir este exame...
Nosso próximo bate papo falaremos sobre o papel da tomografia na apendicite!
Mas na medicina a clínica é e sempre será soberana!
Aguardem, vem coisa boa por aí!
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